A religião e o sentido da existência

      Cada um de nós é um ser que existe no mundo, enquanto seres no mundo, exigimos que tudo faça sentido. Procurar o sentido e encontrar respostas a questões como: porque estou eu no mundo ou se pode esperar alguma coisa depois da morte. A essa formulação espontânea chegamos a uma dupla evidência, a da nossa fragilidade perante a dor ou a morte e a percepção da nossa pequenez e impotência, e a evidência da nossa grandeza que enquanto seres vivos, o ser humano é o único capaz de formular tais questões.
       E sentirmos seres finitos e ter consciência dessa finitude é o que nos leva a indagar o sentido da existência. Essa procura do sentido da existência é estritamente pessoal, porque não basta que as coisas tenham sentido para os outros, elas tem de ter sentido também para nós, quando nos questionarmos acerca do sentido da vida, não é apenas por pura curiosidade mas sim numa perspectiva vivencial na medida em que a generalidade da nossa acção depende da resposta que formos encontrar. Originando um rumo e uma finalidade para os actos da nossa vida, descortinar o valor que ela possui, saber o que ela significa e relacionar as coisas de modo a evitar a inquietação e o aglutinar de todas as questões que se levantam acerca da existência.
       À na filosofia quem considere que a existência não tem sentido nenhum como o caso da Albert Camus afirmando que a vida é um absurdo. Já Jean Paul satre tem uma visão mais optimista defendendo que é o homem que confere valor à existência. Ou que a existência tem o sentido que lhe é conferido por Deus, como no caso de Leibniz, que segundo este pensador a razão de ser do homem e do mundo encontra-se na decisão divina de os ter criado.


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