O que é a filosofia?

         A filosofia pode ser entendida como uma actividade intelectual de aqueles que amando o saber, se empenham na procura da verdade acerca das coisas. Mas nem toda a gente pode-se chamar de filósofo. Do termo corrente atribui-se filosofo a pessoas que perante acontecimentos que por mais dramáticos que sejam, mostram-se calmos, serenos e racionais perante emoções e confiantes na atitude que terão de tomar. Também chama-se filosofo a pessoas que vivem completamente alheadas da realidade (nas nuvens), formulando ideias que falsamente julgam, para reformular o mundo. E para além destes sentidos pejorativos há também quem veja o filosofo, uma pessoa que investiga a experiência humana e publica as ideias sob a forma de conclusões fundamentados e devidamente estruturados.
        Da definição etimológica que foi atribuída por Pitágoras pode-se dizer que resulta de duas palavras gregas: philos que significa amigo e sophos que significa sabedoria, portanto amigo da filosofia. E Pitágoras criou o nome Philosophos parar designar um de três tipos de pessoas, mas esta designação só era atribuída aos deuses, pois só eles possuíam todo o saber, noutro tipo de pessoas se incluía a grande maioria das pessoas, que julgando possuir todo o conhecimento suficiente, não possuíam conhecimento algum. A estas pessoas chamou-lhes ignorantes. E num grau intermédio situam-se as pessoas que não possuindo todo o saber, que só é atribuível aos deuses, também não são ignorantes tem consciência do quanto desconhecem e quanto precisam de caminhar para atingir o saber. Portanto esta atitude filosófica de pessoas que procuram respostas às suas questões é uma actividade filosófica movida por interesses intelectuais e acontecimentos de coisas, procurando compreende-los e dar-lhes um sentido.
         Existe uma idade filosófica por excelência e considera-se que e essa seja a adolescência. Desde crianças que fazemos perguntas como: Onde é o fim do mundo; Porquê há homens maus; mas é na adolescência, que com o aparecimento de competências intelectuais nos deparamos com questões relacionadas com política, a sociedade, a justiça, violência, e oferecemos resistência á autoridade dos adultos, pondo em causa os valores da sociedade e o dos nossos pais que nos ensinaram até então. A filosofia como actividade intelectual, não é mais do que gostarmos da vida e sabermos vivos e fazermos algo com a nossa vida de modo a gostarmos mais da nossa vida, ajudar os outros a gostar da nossa vida e por esse meio a própria vida.